Tecnologia pode resolver o problema do tempo de recarga e o custo elevado do componente
Um dos grandes entraves dos modelos movidos por eletricidade é o tempo de recarga, que pode levar horas ou exige aparelhos caríssimos e carros preparados para as tecnologias de reabastecimento rápido. Mas a Renault estuda voltar a testar uma solução bem mais simples: simplesmente trocar a bateria descarregada do veículo por uma recarregada, como se fosse uma pilha de controle remoto.
Esse processo já foi desenvolvido pela marca na década passada, em parceria com a empresa israelense Better Place, usando o Fluence EV. O projeto foi interrompido com a falência da companhia do Oriente Médio, mas Luca de Meo, CEO da montadora, afirmou em um encontro do Financial Times que a Renault estuda retomar esse conceito com seus próximos elétricos.
O Fluence EV foi o primeiro carro da Renault a testar o sistema de troca de baterias — Foto: Divulgação
Por enquanto apenas a chinesa Nio adota essa solução, ainda em baixa escala. O conceito é similar ao da Better Place: o veículo estaciona em uma estação de troca, e um complexo mecanismo automático faz a troca da bateria, localizada no assoalho. Todo o procedimento pode levar até cinco minutos, tempo similar ao de um reabastecimento de um carro a combustão.
"Ainda não está decidido, mas eu vejo como uma oportunidade interessante. Precisamos encontrar uma solução pragmática, mas, do ponto de vista do negócio, faz sentido separar a bateria do carro", explicou De Meo. A fala remete ao método de negócio da Better Place, em que você "alugava" o acumulador pagando uma tarifa mensal.
Fonte: Auto Esporte