Por ser tão recente, estudá-lo pode ajudar a desvendar um enigma que intriga e muito os cientistas, que é saber como o plutônio e outros metais pesados se formaram no interior de estrelas. “Saber se há plutônio lá seria incrível”, disse Brian Fields, astrônomo da Universidade de Illinois que não participou do estudo, à Rádio Pública Nacional dos Estados Unidos (NPR).
“Temos apenas pequenas quantidades de material. Mas devemos ser gratos por isso, porque ele é recém-feito de estrelas explodindo”, completou o especialista.
Jovem, mas nem tanto
Apesar de ser descrito como “jovem”, esse plutônio está na Terra há muito mais tempo do que nós. Segundo os pesquisadores, o material tem em torno de 10 milhões de anos.
Já sua chegada ao nosso planeta é ainda mais recente: apesar de ainda não ter sido calculada com exatidão, ela está estimada na casa dos milhões de anos.
Agora, após uma longa viagem e um sono de alguns milhões de anos no fundo do maior oceano do planeta, os cientistas finalmente vão conseguir ao menos tentar descobrir de onde ele veio. Isso pode abrir caminho para descobrirmos a origem cósmica de alguns outros materiais, como o ouro e a platina.
Diferentes cientistas não envolvidos no estudo foram ouvidos pela NPR e declararam acreditar que uma supernova regular antiga não teria potência suficiente para a criação de materiais tão complexos. Outros especialistas acreditam que estrelas agonizantes explosivas, fusões de estrelas de nêutrons ou algum outro evento cósmico poderoso foi responsável pela formação do plutônio.
“Não sabemos exatamente onde ele é produzido e quanto é produzido em diferentes locais”, disse o líder do estudo, Anton Wallner, à NPR.
Fonte: Olhar Digital