Veja a Chang'e-5 pousando na Lua e coletando amostras nestes vídeos
A China não transmitiu o pouso lunar da Chang’e-5 ao vivo, mas compartilhou vídeos espetaculares de sua nave em nosso satélite natural. No primeiro, acompanhamos o módulo de alunissagem (nome que se dá ao pouso na Lua, no lugar de “aterrissagem”) se aproximando do solo até o pouso suave, enquanto o segundo mostra o braço robótico já iniciando o processo de coleta das amostras.
O vídeo do pouso foi acelerado, pois a manobra é um pouco longa. As imagens foram capturadas por uma câmera acoplada embaixo do módulo e nos revelam o vasto local conhecido como Oceanus Procellarum (Oceano das Tormentas). É fascinante observar as incontáveis crateras vistas a distância e muitas outras aparecendo à medida que a nave se aproxima.
Como o pouso ocorreu a cerca de 384.400 km de distância da Terra, os sinais levam cerca de 2,51 segundos para viajar da sala de controle da missão até a nave. Por isso, o processo precisou ser automatizado, com a ajuda de um altímetro de raios gama que permitiu à Chang’e-5 medir a distância entre ela e a superfície. Também houve sistemas ópticos e laser para detectar perigos, permitindo que o módulo pousasse em muita segurança.
Já a segunda filmagem mostra o braço de coleta de amostras perfurando a superfície da Lua para coletar as amostras. A missão Chang'e 5 deve durar cerca de 23 dias ao todo e, se tudo correr como o planejado, a nave trará à Terra cerca de 2 kg de amostras.
A China também compartilhou uma imagem panorâmica nesta quarta-feira (2), revelando o local à frente do módulo de pouso. No horizonte, podemos ver algumas elevações semelhantes a dunas, enquanto a superfície próxima da nave apresenta algumas crateras e várias rochas soltas, bem perto do pé do módulo.
Todas as amostras coletadas serão armazenadas em uma cápsula no módulo de ascensão, que voará de cima do módulo de pouso rumo à órbita, onde se encontrará com o módulo orbital. Então, a viagem de volta à Terra começará. Quando chegar perto do planeta, a amostra será transferida para uma quarta espaçonave montada neste complexo modular, que fará a reentrada na atmosfera terrestre, por volta do dia 16 ou 17 de dezembro.
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