"Não há proibição total do álcool durante todo o curso da vacinação”, diz médico russo.
O Instituto Gamaleia, que produz a vacina contra coronavírus desenvolvida pela Rússia, negou, nesta quarta-feira (9), uma informação de autoridade do governo Vladimir Putin sobre proibição do consumo de álcool no período de imunização.
Dias atrás, a médica Anna Popova, do ministério de Saúde da Rússia, afirmou que seriam necessários 56 dias de abstinência do consumo de álcool para as pessoas que desejam receber a vacina.
De acordo com Popova, é preciso deixar de ingerir álcool duas semanas antes da imunidade com absoluta segurança.
No entanto, após a enorme repercussão das declarações, o Fundo Soberano da Federação da Rússia, que coordena o desenvolvimento da vacina, divulgou um comunicado refutando a informação.
No texto, o doutor Alexander Gintsburg, Diretor do Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleia, contesta Popova:
“Obviamente, não há proibição total do álcool durante todo o curso da vacinação. Falamos de moderação razoável no consumo até que o corpo tenha formado sua resposta imunológica à infecção por coronavírus.”
Gintsburg acrescentou:
“Isso se aplica não apenas à Sputnik V, mas a qualquer outra vacina. É importante compreender que o consumo excessivo de álcool pode reduzir significativamente a imunidade, tornando a vacinação menos eficaz ou totalmente inútil.”
E completou:
“Durante os 42 dias em que a imunidade ao coronavírus está sendo formada, não é recomendado o uso de imunossupressores. Todas essas são apenas recomendações padrão durante a vacinação para atingir sua eficácia máxima.”
Fonte :Renova Mídia