Ex-marido mata magistrada na frente das filhas menores, que pedem ao pai que pare de golpear a mãe

Fotomontagem: Paulo José Arronenzi (no detalhe) e a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi
Fotomontagem: Paulo José Arronenzi (no detalhe) e a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi

O engenheiro Paulo José Arronenzi, de 52 anos, preso em flagrante, na noite desta quinta-feira (24), em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, após matar a ex-mulher a facadas, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, 45, disse que só vai se manifestar sobre o caso à justiça.

De acordo com a polícia, ele não tentou fugir depois do crime. Permaneceu próximo ao corpo da ex-mulher até a chegada dos policiais. E, em seguida, recebeu voz de prisão. Ele foi encaminhado, posteriormente, a um presídio, nesta sexta-feira (25).

Viviane, que era juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) foi esfaqueada na frente das três filhas do casal. Uma de 9 anos e as gêmeas de 7.

O crime foi registrado por câmeras de segurança do local e nas gravações é possível ouvir as meninas pedindo ao pai para parar de golpear a mãe.

A polícia acredita que o crime foi premeditado. Em revista ao carro do engenheiro, foram encontradas três facas. A arma utilizada no assassinato, porém, continua desaparecida.

O assassinato da juíza ocorre apenas três meses depois de um registro de lesão corporal e ameaça que ela fez contra o ex-marido. Na ocasião, ele havia dito:

“Isso não vai ficar assim! Eu vou te matar.”
Paulo José Arronenzi, de 52 anos, foi preso após matar a ex-mulher, Viviane Foto: Divulgação/Guarda Municipal
Paulo José Arronenzi, de 52 anos, foi preso após matar a ex-mulher, Viviane Foto: Divulgação/Guarda Municipal

Apesar das ameaças, Viviane utilizou, mas, depois, dispensou a escolta policial concedida pelo Tribunal de Justiça. Ela admitiu, na época, que o, então, marido tinha “gênio explosivo”. No entanto, negou que a tivesse agredido anteriormente. Ela afirmou que não gostaria de vê-lo preso nem de representar criminalmente contra ele e que preferia zelar pela integridade física do ex-marido e pelo bom andamento do término do relacionamento.

A juíza não foi a única mulher a denunciar Paulo José para a polícia. Em 2007, uma ex-namorada registrou ocorrência policial contra ele, alegando que estaria sendo importunada. Segundo ela, o engenheiro não aceitava o fim do relacionamento.

Em nota, o Tribunal de Justiça do Rio disse que "lamenta profundamente" a morte da juíza Viviane Arronenzi, vítima de feminicídio.

A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) também emitiram comunicado conjunto em que expressam "extremo pesar" pelo que classificaram como "covarde assassinato da juíza".

"As entidades representativas dos magistrados fluminenses e brasileiros se solidarizam com os parentes e amigos da pranteada magistrada. Este crime bárbaro não ficará impune, asseguramos", assegura o documento.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) também demonstrou repúdio ao feminicídio. A instituição enfatizou que vai acompanhar as investigações.

Fonte: Jornal da Cidade OnLine

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