Cristã sequestrada por muçulmano foi torturada e abusada, mas não negou a sua fé

Ser uma mulher cristã em um país onde o radicalismo islâmico existe à luz do dia e muitas vezes com a omissão das autoridades, não é algo fácil e pode até ser mortal. O testemunho da jovem Mehwish Hidayat é mais uma prova cabal disso.

Ela foi sequestrada por um muçulmano em 3 de junho passado quando estava aguardando uma condução para ir ao seu trabalho em Lahore, na República Islâmica do Paquistão.

“Eram cerca de 7h30 da manhã quando saí para a fábrica de roupas”, disse Hidayat ao International Christian Concern (ICC), ao lembrar do momento em que o homem chamado Khurram Shehzad lhe abordou junto com outro criminoso.

“Eu estava esperando meu ônibus com seis a oito meninas. De repente, dois homens armados apareceram de um carro branco. Eles mostraram suas armas e avisaram a todos para não interferirem”, contou.

“Os sequestradores então me arrastaram para dentro do carro. Todas as outras garotas começaram a gritar, mas nenhuma delas estava em posição de me salvar enquanto os sequestradores as ameaçavam com suas armas”, completou Hidayat.

Desde então a jovem cristã de 22 anos ficou em poder do muçulmano, o qual lhe imprimiu sessões de tortura psicológica e também de abuso sexual. Para tentar justificar o seu crime, Shehzad alegou que Hidayat teria se convertido ao islã, o que não aconteceu.

Alegar conversão ao islamismo é uma estratégia comum utilizada pelos sequestradores islâmicos de meninas cristãs no Paquistão, a fim de justificar o casamento forçado. Muitas são ameaçadas de morte, inclusive suas famílias, para colaborarem com a mentira perante os tribunais.

“Por três meses, Shehzad continuou mudando de uma cidade para outra e me agrediu sexualmente. Muitas vezes ele me torturou por me recusar a assinar a certidão de conversão e de casamento. Ele me forçou a recitar proclamações islâmicas e versos. No entanto, permaneci firme em minha fé cristã”, disse Hidayat.

Felizmente, em um descuido do sequestrador, Hidayat conseguiu escapar após três meses de cativeiro forçado. Ela saiu de Shehzad e se reuniu com sua família em Lahore. Todavia, suas preocupações não se encerraram, pois agora eles vivem sob ameaça constante e pedem orações.

“Nossas vidas sempre estarão em perigo. Minha família está continuamente recebendo ameaças de Shehzad”, disse ela.

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