Carol Solberg será julgada nesta terça por fala contra Bolsonaro
Atleta pode ser punida com suspensão de até 180 dias
Após gritar “Fora, Bolsonaro” durante entrevista ao vivo depois de conquistar a medalha de bronze na primeira etapa do Circuito Brasileiro do Vôlei de Praia nesta temporada, em Saquarema (RJ), a jogadora de vôlei de praia Carol Solberg passará por julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Vôlei nesta terça-feira (6) e pode sofrer duras punições.
Como base para uma possível punição está o regulamento do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia que diz que “o jogador se compromete a não divulgar, através dos meios de comunicações, sua opinião pessoal ou informação que reflita críticas ou possa, direta ou indiretamente, prejudicar ou denegrir a imagem da CBV e/ou os patrocinadores e parceiros comerciais das competições”.
O julgamento ocorre nesta terça, às 18 horas, e ela será defendida pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. A atleta pode ser multada entre R$ 100 e R$ 100 mil e ser vetada de competir por até seis partidas, além de suspensão de 15 a 180 dias ou advertência. Em caso de condenação, há a possibilidade de recurso junto ao Órgão Pleno do STJD.
A dinâmica do julgamento começará com as sustentações orais do advogado de defesa de Carol, Leonardo Andreotti, especializado em direito esportivo e ex-presidente desse mesmo STJD, e o subprocurador Wagner Dantas. Carol fala em seguida. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que faz parte da banca dos advogados da jogadora, não irá falar.
O subprocurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Wagner Dantas, denunciou Carol Solberg com base nos artigos 191 (deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição) e 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).