Avatares do Facebook viram 'febre' e acendem alerta sobre uso de dados

Avatares do Facebook viram ‘febre’ e acendem alerta sobre uso de dados

Foto: Divulgação/Facebook

Nesta segunda-feira, 5, o Facebook liberou o ‘Avatares’ para usuários do Brasil. O recurso, que será disponibilizado gradualmente no País, permite que você customize um personagem virtual para usar como figurinha (sticker) em postagens no feed, nos stories, comentários ou conversas no Messenger.

A funcionalidade foi lançada em maio deste ano nos Estados Unidos. “Muitas de nossas interações atualmente ocorrem online, e é por isso que é mais importante do que nunca se expressar pessoalmente no Facebook”, disse Fidji Simo, head do Facebook App, em um post no seu perfil.

“Os avatares permitem que você compartilhe uma série de emoções e expressões por meio de uma ‘persona digital’ que é exclusivamente representativa de você, por isso estamos entusiasmados em trazer essa nova forma de auto-expressão”, completou.

Foto: Divulgação/Facebook

A rede social ainda não compartilhou mais detalhes sobre a adoção do ‘Avatar’, mas supõe-se que serão utilizados em jogos do aplicativo. Durante a personalização, o usuário pode escolher entre estilos de cabelo, tons de pele, além de roupas e acessórios “para que ele te represente de maneira única e autêntica”, informa o site da empresa.

Uso de dados

Apesar de divertido, o novo recurso acende um alerta sobre o uso de dados pelo Facebook. Nos últimos anos, a rede social tem sido alvo de investigações a respeito de violação de privacidade e venda de informação a terceiros. Há um ano, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, abriu um processo contra a empresa sobre supostos abusos no tratamento de dados sensíveis

“Existem várias empresas que usam os testes como ferramenta de coleta de dados de pessoas que estão interessadas em determinada coisa. A partir do momento que eu tenho pessoas que se interessam por esse tema, eu vendo essa base de dados”, explicou Camila Porto, especialista em marketing digital e Facebook Ads, em entrevista à BBC Brasil.

Essas informações, geralmente, são usadas para direcionar melhor seus anúncios e obterem mais resultados. Algumas empresas, porém, podem vender dados a outras. Em 2018, uma desenvolvedora de quizes para o Facebook teria sido responsabilizada pela exposição de informações de mais de 120 milhões de usuários da rede social, que eram armazenados em JavaScript. De acordo com o especialista Inti De Ceukelaire, responsável pela denúncia, os arquivos poderiam ser facilmente encontrados e utilizados por criminosos.

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