O Efeito do Coronavírus no Meio Ambiente


Quando ouvimos o nome Coronavírus, já nos assustamos e esperamos uma notícia ruim logo em seguida. O cenário atual em que vivemos não está sendo fácil para ninguém, estamos ligados a mil por hora, com a cabeça lotada de preocupações sem deixar espaço para uma novidade boa chegar. Porém, será mesmo que não tem um lado bom? Nossa rotina mudou e o mundo também, pois quando deixamos as ruas para ficar em casa, damos um tempo para nossa maior casa, o planeta. 
Com o decreto da quarentena na Itália, houve redução na circulação de pessoas e de veículos no território, causando a diminuição drástica da presença no país de um dos principais marcadores de poluição, o dióxido de nitrogênio (NO2). Na região norte, como na cidade de Milão, registrou-se uma queda do gás de cerca de 40% em apenas algumas semanas, essa mudança foi percebida por muitos moradores que disseram sentir claramente o ar mais puro e leve. 
As águas da cidade de Veneza, que costumava receber muitos turistas, foram fotografadas recentemente por muitos italianos mostrando a mudança de cor nos canais que costumavam ser turvas e agora estão cristalinas. Sem a circulação de gôndolas e barcos, com a cidade vazia,  animais que não apareciam há tempos começaram a surgir na cidade trazendo mais vida e deixando as paisagens mais bonitas. 
                                           
 Foto de: Guia Viajar Melhor
Antes do Coronavírus, o inimigo mais antigo era a poluição, que mata cerca de 8,8 milhões de pessoas por ano no mundo. Hoje, a China é o país que emite mais poluentes no mundo, mas durante o surto da nova doença entre janeiro e fevereiro, o território chinês registrou uma queda de 25% da emissão de gás carbono, o que significa 100 milhões de toneladas a menos na atmosfera em duas semanas. Isso porque, sem a circulação de pessoas nas cidades, não havia necessidade de consumo, paralisando as indústrias que não tinham motivo para realizar produção, consequentemente diminuindo a emissão de gases poluentes. O que antes se enxergava um céu cinzento, hoje é possível ver o azul escondido em meio à tanta fumaça.

No Brasil, na cidade de São Paulo, vista como a cidade dos negócios no país, também já foi identificada uma queda nos níveis de monóxido de carbono (CO). Apesar de ainda haver bastante movimento nas ruas comparado com outros lugares, os níveis de monóxido de carbono estão entre os mais baixos para meses de março na região. O confinamento de boa parte da população reduziu o tráfego de veículos e acabou com o engarrafamento, contribuindo para a menor emissão de gases poluentes. 

Nosso dia a dia não é mais o mesmo, e apenas enxergamos a situação atual como um monstro sem volta, procurando alguém para culpar e explicar o porquê de tudo isso acontecer. Mas não paramos para pensar que talvez não se trata de nós, o mundo abrange muito mais do que apenas a gente. 

O mar, a terra, as plantas e os animais, também são habitantes desse “mundão” em que vivemos, e dependemos de cada um deles para manter a vida que criamos aqui. Abusamos de suas riquezas - sem pedir - e destruímos seus lares, agora é a vez da natureza atuar. O limite dela chegou ao fim, e está no momento de se reerguer, de consertar o que quebramos, dar vida ao que matamos e recuperar o espaço que roubamos. Foi preciso um vírus aparecer e confinar todos nós para mostrar que na verdade não temos controle de tudo, e que a terra não precisa da gente para funcionar.

Assista também o vídeo sobre o efeito do Coronavírus na poluição do planeta com nosso parceiro biólogo Nuno do Hey Biólogo pelo Instagram em nosso destaque “Biólogo me conta!”
Fonte: Econômico Valor
           CB Ciência e Saúde

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