Medida busca reduzir a proliferação da covid-19 no transporte coletivo
Especialistas da saúde alertam: ônibus, metrôs e trens estão entre os principais focos de contaminação do coronavírus. Não por acaso, a oferta de linhas de transporte coletivo foi reduzida em boa parte das cidades brasileiras, sobretudo nas capitais.
Nesse cenário, tem sido comum a utilização de bicicletas por pessoas que, por algum motivo, não podem se isolar em casa. Foi pensando nisso que Bogotá, na Colômbia, expandiu suas ciclofaixas nas últimas semanas.
A prefeitura da capital colombiana deixa claro que o ideal é que ninguém saia de casa em meio à pandemia, mas que, caso seja preciso se locomover, a bicicleta é o meio de transporte mais indicado contra a expansão da covid-19.
A cidade está abrindo 76 quilômetros de áreas temporárias especialmente para bikes. São espaços seguros e tranquilos pensados para chamar atenção de pessoas que ainda precisam sair de casa e fazê-las optarem pelas ciclovias. A ideia é que isso ajude a reduzir aglomerações no transporte coletivo.
A proposta inicial era que essa ampliação fosse de 117 quilômetros, mas após uma análise do fluxo nas vias já existentes, constatou-se que 76 quilômetros já seriam suficientes.
Segundo a prefeita de Bogotá, Claudia López Hernández, a medida também poderá ajudar a melhorar a qualidade de ar, já que a poluição causa uma série de doenças respiratórias sazonais no município e esse panorama pode impactar o colapso do sistema de saúde local.
A ampliação de ciclovias não foi a única iniciativa de Bogotá (cidade com o maior número de casos de coronavírus da Colômbia) para conter a expansão do coronavírus.
Ao lado de diversos representantes do setor público, Hernández anunciou um pacote de medidas de autocuidado e prevenção e colocou a população em estado de alerta: “Estamos mudando nossos hábitos cotidianos para que possamos nos cuidar e cuidar de quem está ao nosso redor”.
Estadão conteúdo