Eleições nos EUA serão termômetro para Brasil em 2022

Especialista espera "disputa acirrada de valores"
Presidente Jair Bolsonaro e Donald Trump Foto: Reprodução
A próxima eleição presidencial dos Estados Unidos pode ser considerada uma prévia do que acontecerá com o Brasil em 2022. Pelo menos é o que defende o economista Fabio Guimarães, que prevê uma “acirrada” disputa de valores entre esquerda e direita.
– A campanha nos EUA [em 2022] será claramente a mais acirrada disputa de valores da história. A ascensão de Trump traz consigo essa agenda. Fazendo paralelo teremos o mesmo efeito no Brasil em 2022 com Bolsonaro e esquerda. Mas no final, na decisão de voto, o que vale é a Economia. Se vai bem e o cidadão está com trabalho e renda é predisposto a votar com o governo, caso contrário busca alternativas – avaliou Guimarães.
A opinião do economista encontra amparo nas recentes declarações do líder religioso Franklin Graham, que acredita que a esquerda norte-americana está se fortalecendo e que isso representa uma ameaça aos valores cristãos representados por Donald Trump e seus aliados.
– Os valores e motivações da ideologia de esquerda, que abrange o socialismo, comunismo, progressismo e outros movimentos políticos, constituem um antagonismo inegável aos valores cristãos, e no mundo todo, essa mobilização tem colocado ativistas e a Igreja de Cristo em oposição – observou o pastor Graham.
Ainda de acordo com o religioso, “a esquerda, os socialistas deixaram muito claro que se opõem à igreja.
Graham também comentou sobre as tentativas da esquerda norte-americana de impor derrotas morais e econômicas às igrejas, como por exemplo pressionando pelo fim da isenção fiscal dos templos religiosos. Este tipo de benefício também é concedido no Brasil.
– A menos que nos curvemos e aceitemos a agenda deles relacionada à agenda LGBTQ, não aceitarão nosso status de isenção de impostos. Eu não sou anti-gay, não vou falar contra gays, lutar contra gays ou qualquer coisa assim, mas certamente não quero que eles forcem sua agenda em mim – disse o pastor, ao lembrar que há políticos democratas que defendem a taxação de igrejas que não apoiarem o casamento homossexual.
Em se tratando da isenção fiscal de igrejas, o economista Fabio Guimarães diverge do evangelista Graham. O brasileiro argumenta que este tipo de benefício tira “legitimidade” da igreja.
– É forte o lobby [de igrejas] em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil. Eu sou terminantemente contrário, no mundo de “César” valem as regras de “César” as igrejas teriam muito mais legitimidade entre os não-crentes se cumprissem todas as obrigações de uma instituição convencional – avaliou Guimarães.

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