Mourão elogia hino nas escolas, mas diz que uso de slogan é ilegal

Ministro Vélez Rodríguez admitiu nesta terça que errou ao usar frase de campanha
Diante da repercussão negativa, ministro Ricardo Vélez Rodríguez enviou nova versão de carta às escolas (Valter Campanato/Agência Brasil)

O vice-presidente Hamilton Mourãocomentou, nesta terça-feira, 26, em entrevista à Rádio Gaúcha, o e-mail do Ministério da Educação (MEC) enviado um dia antes a escolas de ensino fundamental e médio do país.

Mourão disse que o ministro Ricardo Vélez Rodríguez acertou ao incentivar que alunos cantem o Hino Nacional, mas ponderou que a recomendação do MEC padecia por ilegalidade ao conter a expressão “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” na carta do ministro a ser lida para os alunos. A frase ficou conhecida por ser o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro(PSL).

“Foi o único problema que o ministro teve quando redigiu isso aí (o slogan). É contra a legislação. Você não pode colocar uma mensagem que não é de propaganda governamental a algo que seja ligado à propaganda”, disse o vice-presidente.

Diante da repercussão negativa após a divulgação da carta, nesta terça-feira Vélez Rodríguez admitiu que errou ao colocar a frase de campanha no texto. O ministério enviou às escolas nova versão da carta, desta vez sem o slogan.

A pasta manteve, entretanto, o pedido de gravação da leitura da mensagem e da execução do hino com os alunos e funcionários perfilados diante da bandeira do Brasil. Outra diferença é que, agora, o MEC diz que a filmagem tem que ser previamente autorizada — antes, esta permissão estava condicionada apenas à divulgação das imagens.

O ministério afirma que a iniciativa faz parte “da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais” e disponibiliza dois endereços de e-mail para o envio das imagens.

“Após o recebimento das gravações, será feita uma seleção das imagens com trechos da leitura da carta por um representante da escola”, diz o MEC.

(com Estadão Conteúdo)

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