Cristãos chineses testemunham sobre a perseguição religiosa: “Estamos no limite”

 

Apesar de estar cotada para ser o país com o maior número de cristãos no mundo, devido ao seu alto índice populacional, a China é também umas das nações que mais promovem a perseguição religiosa aos cristãos

Controlada pelo regime comunista de Xi Jinping, a intolerância religiosa só tem aumentado nos últimos anos.

“Estamos constantemente no limite”, disse Bai Yahui, uma cristã que vive na China Central. Ela deu entrevista para os missionários da organização Portas Abertas em recente visita ao país, para sondar a situação da comunidade cristã local.

“Mas nossa fé cresceu e estamos mais determinados do que nunca a ver os cristãos na área se manterem fortes e não comprometerem sua fé em Jesus. Nós começamos muitas reuniões menores agora, e mais e mais irmãos e irmãs estão levantando as mãos para atuar como líderes de igrejas em mini-casas”, acrescentou.

Apesar das dificuldades, os irmãos em Cristo estão convertendo a intolerância em união, sendo fortalecidos na fé e na solidariedade uns com os outros. 

“Muitos jovens têm muito medo de comparecer às nossas reuniões, por isso estamos tentando maneiras novas e criativas de ter comunhão”, disse Tito, outro  cristão que não quis revelar seu verdadeiro nome.

Tito explica que o momento de estudo e confraternização ocorre através de encontros causais, mesclando com atividades comuns do dia-a-dia para despistar às autoridades comunistas, já que o governo proibiu qualquer trabalho de evangelismo voltado para os jovens.

“Nós praticamos esportes e tocamos instrumentos musicais juntos, comemos juntos e estudamos em grupos. Aproveitamos todas as oportunidades para orar uns pelos outros e compartilhar as escrituras que nos fortalecem e nos dão esperança. O sentimento de amor e solidariedade é incrível”, disse ele.

Até mesmo a prisão não intimida os cristãos chineses. Por amor a Cristo e o desejo de compartilhar o Evangelho, eles se revezam no ministério quando o líder da congregação é preso ou afastado, apenas para não deixar o trabalho missionário ser interrompido.

“Realizamos uma reunião dos líderes regionais e concordamos que, quando um de nós for preso, outro assumirá o trabalho”, destacou Bai Yahui, segundo informações da Portas Abertas.

“Também decidimos responder à polícia respeitosamente e com amor, mesmo que gritem conosco ou usem força física [em tentativas de] nos fazer entregar os nomes de outros crentes”, finaliza.

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