'Ninguém recebe ou dá dinheiro sujo em cheque nominal', diz Bolsonaro


RIO - O presidente eleito Jair Bolsonaro se defendeu na manhã deste sábado de eventuais suspeitas no caso de Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL). Queiroz apareceu em um relatório do Coaf anexado à Operação Furna da Onça por ter movimentado R$ 1,2 milhão em um ano. Deste total, R$ 24 mil foram em cheques destinados a Michelle Bolsonaro, mulher do presidente eleito.

Bolsonaro reafirmou a explicação dada na sexta-feira, de que se tratava do pagamento de empréstimos feitos por ele a Queiroz. E disse que pediu para o cheque ser destinado a sua mulher por ter dificuldade de ir ao banco com frequência.

Ele lamentou o "constrangimento" que o caso trouxe a Michelle e se defendeu de qualquer ilegalidade.- Lamento o constrangimento por que ela está passando. Não botei na minha conta porque tenho dificuldade de ir ao banco, andar na rua. Foi por questão de mobilidade, ando atarefado o tempo todo para ir em banco. Pode considerar (como sendo) na minha conta. Deixei para minha esposa. Ninguém recebe ou dá dinheiro sujo por cheque nominal. Sobre o fato de não ter declarado o recebimento dos valores no imposto de renda, o presidente eleito disse que se dispõe a reconhecer e corrigir a questão.- Se errei, arco com minha responsabilidade perante o Fisco, não tem problema nenhum - afirmou Bolsonaro, após acompanhar, na manhã deste sábado, na Escola Naval, no Rio, a cerimônia de formatura de novos oficiais da Marinha.

Bolsonaro afirmou que é amigo de Queiroz desde 1984 e que já o havia "socorrido financeiramente" em outras oportunidades. Ele disse que os empréstimos recentes somaram R$ 40 mil, e que Queiroz o pagou com dez cheques de R$ 4 mil, cada. Bolsonaro disse que não conversou com Queiroz desde que o caso foi noticiado, e atribuiu o vazamento da informação de que o ex-assessor de seu filho fora citado pelo Coaf a advogados de deputados estaduais do Rio investigados na Furna da Onça:- Espero que ele (Queiroz) se explique. Não conversei com ele. Falei com meu filho. Meu filho não é investigado nessa operação. Quem vazou foram advogados de deputados investigados, ou até presos, para tentar desviar o foco da tensão deles para meu filho.Sobre o fato de outros oito assessores do gabinete de Flávio Bolsonaro terem feito depósitos na conta de Queiroz, Bolsonaro disse achar normal.- Se você pegar o seu círculo, na imprensa, no quartel, no hospital. É normal, entre os funcionários, um ajudar o outro. Você se socorre de quem está do seu lado, é próximo.

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