Após anúncio de Osmar Terra, Magno Malta deve ficar sem ministério no governo Bolsonaro
BRASÍLIA — O anúncio do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) para o Ministério da Cidadania e Ação Social deve confirmar o senador Magno Malta (PR-ES), que era cotado para a pasta, fora do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
A exclusão de Malta irritou o pastor Silas Malafaia, aliado do presidente eleito e maior defensor do senador no Planalto.
— Eu apoio integralmente o Bolsonaro, mas não vou concordar 100% com as ações dele. A unanimidade é burra. Estou tão surpreso quanto a imprensa com essa indicação — disse Malafaia.
O líder religioso voltou a afirmar que Malta foi o primeiro político a encampar a candidatura de Bolsonaro. O senador era o nome preferido do militar para seu vice, mas o político recusou para tentar a reeleição. Malafaia atribuiu a derrota do senador nas urnas por ter priorizado a campanha do capitão da reserva do Exército.
— A única pessoa que pode responder por que o Magno não foi confirmado é o próprio presidente. Para mim, Bolsonaro disse três vezes que estava pensando em colocar o Magno no Ministério da Cidadania — disse.
No dia da vitória no segundo turno, o próprio presidente eleito disse em seu pronunciamento que gostaria de ter o senador ao seu lado no Planalto, mas não disse em que cargo.
O pastor criticou a montagem da equipe de governo, que estaria cedendo a pressão à política. Ele citou a senadora Ana Amélia (PP-RS), cotada para ocupar assumir a Secretaria de Comunicação do governo. Vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial, ela declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno.
— Não faço parte do núcleo político de Bolsonaro. Não sei como algumas coisas funcionam. Mas não concordo que Ana Amélia, vice de Alckmin, que sempre criticou Bolsonaro, que só declarou apoio no segundo turno, tenha espaço. Malta não, perdeu a eleição porque fez campanha para Bolsonaro — disse Malafaia.
Em entrevista ao GLOBO, no dia 2 de novembro, Magno Malta garantiu que estaria no ministério de Bolsonaro. Na ocasião, o senador cogitou assumir a área social ou a Secretaria-Geral da Presidência, que ficou o advogado Gustavo Bebianno.
— Vou ser ministro, sim — afirmou ao GLOBO o senador, dizendo que caberia a Bolsonaro anunciar se realmente assumirá a área social do governo ou se ocupará um posto mais próximo ao presidente, no caso a Secretaria Geral da Presidência. — Onde eu estiver, eu estarei perto dele. Ele vai anunciar — disse Malta, na época.
O futuro de Magno Malta virou motivo de debate entre integrantes do grupo que sustentou a campanha. Apesar de próximo de Bolsonaro, o senador não tem a simpatia de boa parte dos mais próximos aliados do presidente eleito.
Procurado, o senador Magno Malta não atendeu aos pedidos de entrevista.
A exclusão de Malta irritou o pastor Silas Malafaia, aliado do presidente eleito e maior defensor do senador no Planalto.
— Eu apoio integralmente o Bolsonaro, mas não vou concordar 100% com as ações dele. A unanimidade é burra. Estou tão surpreso quanto a imprensa com essa indicação — disse Malafaia.
O líder religioso voltou a afirmar que Malta foi o primeiro político a encampar a candidatura de Bolsonaro. O senador era o nome preferido do militar para seu vice, mas o político recusou para tentar a reeleição. Malafaia atribuiu a derrota do senador nas urnas por ter priorizado a campanha do capitão da reserva do Exército.
— A única pessoa que pode responder por que o Magno não foi confirmado é o próprio presidente. Para mim, Bolsonaro disse três vezes que estava pensando em colocar o Magno no Ministério da Cidadania — disse.
No dia da vitória no segundo turno, o próprio presidente eleito disse em seu pronunciamento que gostaria de ter o senador ao seu lado no Planalto, mas não disse em que cargo.
O pastor criticou a montagem da equipe de governo, que estaria cedendo a pressão à política. Ele citou a senadora Ana Amélia (PP-RS), cotada para ocupar assumir a Secretaria de Comunicação do governo. Vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial, ela declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno.
— Não faço parte do núcleo político de Bolsonaro. Não sei como algumas coisas funcionam. Mas não concordo que Ana Amélia, vice de Alckmin, que sempre criticou Bolsonaro, que só declarou apoio no segundo turno, tenha espaço. Malta não, perdeu a eleição porque fez campanha para Bolsonaro — disse Malafaia.
Em entrevista ao GLOBO, no dia 2 de novembro, Magno Malta garantiu que estaria no ministério de Bolsonaro. Na ocasião, o senador cogitou assumir a área social ou a Secretaria-Geral da Presidência, que ficou o advogado Gustavo Bebianno.
— Vou ser ministro, sim — afirmou ao GLOBO o senador, dizendo que caberia a Bolsonaro anunciar se realmente assumirá a área social do governo ou se ocupará um posto mais próximo ao presidente, no caso a Secretaria Geral da Presidência. — Onde eu estiver, eu estarei perto dele. Ele vai anunciar — disse Malta, na época.
O futuro de Magno Malta virou motivo de debate entre integrantes do grupo que sustentou a campanha. Apesar de próximo de Bolsonaro, o senador não tem a simpatia de boa parte dos mais próximos aliados do presidente eleito.
Procurado, o senador Magno Malta não atendeu aos pedidos de entrevista.
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