Prefeitura de São Paulo ainda não sabe como consertar viaduto que cedeu

SP termina sustentação, mas ainda não sabe como consertar viaduto que cedeu

Viaduto na marginal Pinheiros, em São Paulo, tem queda parcial

A Prefeitura de São Paulo informou que terminou nesta quinta-feira feira (22) o estacamento da décima e última viga de sustentação do viaduto que cedeu na marginal Pinheiros, zona oeste, na semana passada. Apesar de finalizada a etapa, ainda não há previsão de quando e qual macaco hidráulico será utilizado para segurar o viaduto. O equipamento é fundamental porque irá aliviar a pressão que a pista que cedeu faz sobre o pilar.

A prefeitura não deu há prazo para que o viaduto volte a operar e não foram apresentados motivos que expliquem a ruptura. “Prazo não consigo dar, porque estamos começando agora o trabalho de prospecção para entender qual foi o problema e o que originou esse acidente “, afirmou o secretário municipal de Obras, Vitor Aly.

De acordo com Aly, esta primeira etapa serviu para dar maior sustentação ao solo e aliviar um pouco o peso do viaduto sobre a estrutura metálica. Os operários devem abrir mais duas janelas --blocos retirados para análises técnicas-- do viaduto. Duas já foram retiradas.

Por conta do acidente, a via expressa da marginal Pinheiros continua bloqueada e, pelo segundo dia consecutivo, a cidade de São Paulo registrou congestionamento acima da média ao longo da manhã.

Para explicar a obra, o secretário deu um exemplo da troca de um pneu de carro em um terreno fofo. Se o macaco para trocar o pneu for utilizado sobre um terreno mole --como o que está sob o viaduto, não será possível levantar o carro. É preciso usar uma base firme para então alocar o macaco e levantar o veículo.

No caso do viaduto, terminou essa primeira fase para fortalecer a base, mas não há previsão para instalar o macaco.

O viaduto cedeu cerca de 2 metros na quinta-feira (15). A estrutura tem 500 m de extensão, e 200 m dele foram afetados pelo colapso parcial, dos quais 120 estão escorados.

A área fica junto ao parque Villa-Lobos, a cerca de 500 metros da ponte do Jaguaré e é rota de acesso à rodovia Castelo Branco, principal ligação da Grande São Paulo com o interior paulista, e à marginal Tietê.

Inaugurado há 40 anos, em outubro de 1978, com a promessa de encurtar a distância entre as marginais e eliminar o gargalo de congestionamentos, o viaduto feito de concreto protendido (com resistência adicional em relação ao concreto comum), dispõe de cinco faixas de tráfego e, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), 1.500 veículos passavam por cada uma delas a cada hora.

TCM acompanha contrato emergencial

O presidente e o vice-presidente do TCM (Tribunal de Contas do Município) visitaram as obras nesta quinta-feira.

O órgão faz o acompanhamento de um contrato emergencial -- sem licitação-- assinado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) para contratar uma empresa responsável pela sustentação do viaduto.

O valor e o nome da empresa não foram divulgados. O acompanhamento burocrático do contrato --analisar condições, valores e termo--, faz parte das funções do órgão.

O presidente da corte João Antônio da Silva Filho, disse que também aguarda um oficio da prefeitura para analisar a possibilidade de uma segunda contratação emergencial, neste caso, para vistoriar todos os 185 viadutos do município.

A prefeitura deve formalizar o documento até sexta-feira (23) para que o órgão libere o uso de verbas no novo contrato.

“Acho que justifica uma ação organizada do Executivo para fazer todas as obras viárias de São Paulo”, disse Silva Filho após ver a situação do viaduto.

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