Boulos diz que invasões de MST e MTST são parte da “democracia”


Presidenciável do PSOL rejeita que ações de movimentos sociais sejam terrorismo

Tendo concorrido à Presidência da República este ano pelo PSOL, Guilherme Boulos ganhou projeção nacional. Ele retomou suas atividades como coordenador nacional do Movimento dos 
Trabalhadores Sem Teto (MTST) e nesta quinta-feira (8) visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na prisão em Curitiba.

Na saída do encontro fez um breve discurso rejeitando a movimentação no Congresso para ampliar a Lei Antiterrorismo, que poderá tipificar como “terrorismo” quaisquer atos de “motivação política, ideológica ou social” e que coloquem em risco a liberdade individual.

A relatoria do projeto é do senador Magno Malta (PR/ES), aliado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que também já defendeu que ações de movimentos sociais como o MTST e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passem a ser tipificados como terrorismo.

Sem citar nomes, Boulos chama a comparação de um “descalabro próprio de pessoas e regimes autoritários”. Para ele, “qualificar a luta social como terrorismo é próprio de quem não consegue conviver com oposição, de quem não consegue conviver com contestação, de quem não consegue conviver com democracia”.

A votação na Câmara sobre as mudanças na lei acabou adiada após mobilizações de partidos como PT e PSOL, mas deve voltar à pauta antes do final do ano. Usando a mesma retórica dos debates presidenciais, Boulos afirmou que esses “movimentos sociais” são responsáveis por diversas conquistas de direitos na história do país.

Justificando as invasões, argumenta que “[Essas pessoas] não ocupam a casa de ninguém, como o preconceito diz, como as fake news dizem. Ocupam imóveis que estão em situação ilegal, de abandono, assim como o MST faz no campo, ocupa latifúndios improdutivos”.

O ativista político diz que mesmo com a nova lei aprovada, isso “não vai calar ou acabar com a luta dos movimentos sociais”. “Querem acabar com o MTST? Só tem um jeito. Construam 6 milhões de casas para todo sem teto desse país. Querem acabar com o movimento sem terra, também só tem um jeito: faça reforma agrária e dê terra para quem precisa”.

Ao lado do deputado federal Paulo Pimenta (PT/RS), Boulos também falou sobre Lula, afirmando que o ex-presidente está “firme”, mas preocupado com o destino do país. O psolista e o deputado do PT fizeram críticas à nomeação de Sergio Moro para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, dizendo que o processo conduzido pelo juiz federal que levou o ex-presidente à prisão era “viciado”.


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