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O câncer colorretal pode avançar mais rápido devido a esse fator

O estresse crônico pode alterar a microbiota intestinal e acelerar o câncer colorretal, enfraquecendo a resposta imunológica do corpo Veja os sintomas iniciais do câncer colorretal - iStock/libre de droit Pesquisadores apresentaram no congresso da United European Gastroenterology (UEG Week) , realizado em Viena, na Áustria, um estudo inovador sobre os impactos do estresse crônico na microbiota intestinal e sua relação com o câncer colorretal. A pesquisa revela como o estresse pode acelerar o crescimento dos tumores intestinais ao afetar a flora bacteriana, o que abre novas possibilidades terapêuticas. O impacto do estresse no câncer colorretal O estudo demonstrou que o estresse crônico pode contribuir para a progressão do câncer colorretal, principalmente ao reduzir a presença de bactérias benéficas no intestino, como o Lactobacillus. Essas bactérias são essenciais para manter o equilíbrio da microbiota e reforçar a resposta imunológica do organismo. Quando o estresse provoca a diminui...

Escola no Recife expõe bandeiras com símbolos nazistas em aula

Alunos do 3º ano do ensino médio do colégio Santa Emília, no bairro do Cordeiro, no Recife (PE), participaram de uma aula sobre a origem dos estados totalitários com a sala de aula tematizada com símbolos do nazismo. A aula, ministrada na semana passada, usou bandeiras com a suástica --que tem divulgação proibida no Brasil.
A aula foi fotografada pela escola e publicada em sua página no Facebook. Na legenda das fotos, a escola diz que os alunos do 3º ano “tiveram uma super aula temática, quase uma superprodução” sobre origens dos Estados totalitários, suas características, conceitos e formas. “Será que eles curtiram? Com certeza!", afirma a publicação. A postagem foi apagada depois que dezenas de pessoas questionaram a exaltação dos símbolos nazistas pela escola.

De acordo com parágrafo 1º do artigo 20 da Lei 7716/89, a incitação ao nazismo no Brasil é crime. O texto explica que é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. Quem infringir a lei e for condenado, a pena varia entre dois e cinco anos de prisão.

O segundo parágrafo da lei explica que, “se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza”, o juiz poderá determinar a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na internet. A determinação poderá ocorrer depois que o Ministério Público for ouvido ou existir pedido do órgão, mesmo que não haja inquérito policial.

Pais de alunos do colégio Santa Emília repudiaram a tematização da aula e afirmaram que iriam pedir explicações que justifiquem a ação em sala de aula. “Tá na cara que o professor quis ‘mitar’ reproduzindo a cena do filme 'A Onda.' Mas numa época de celulares e câmeras e redes sociais, não avaliou a repercussão que esse teatrinho ia ter. Gostaria muito de saber o conteúdo dessa aula”, disse o jornalista Ed Vieira, que tem dois filhos que estudam no colégio.

A arquiteta Nadja Granja questionou o conteúdo da aula e a divulgação da cruz suástica aos alunos. Para ela, aulas temáticas são interessantes, mas “uma aula cheia das fortes bandeiras nazistas e sem nenhuma imagem no mesmo tamanho e força mostrando a barbárie do regime é 'quase' uma apologia ao nazismo”. “Poderia se fazer uma aula temática e mostrar a bandeira do nazismo, mas do mesmo tamanho da maldita bandeira deveria ter uma foto de um campo de concentração, pois aí os alunos associariam imediatamente uma imagem à outra. Mas, da forma que está mostrado aí, somente a comunicação visual nazista na sua forma, poderosa, imperiosa, triunfal, dominadora e na visão dos nazistas, vitoriosa e pura”, diz Granja.

Uma aula cheia das fortes bandeiras nazistas e sem nenhuma imagem no mesmo tamanho e força mostrando a barbárie do regime é 'quase' uma apologia ao nazismo
Nadja Granja, arquiteta
O Ministério Público Estadual informou que não há investigação sobre o caso porque, até agora, a Promotoria de Educação não recebeu denúncia sobre o assunto.
A aula foi ministrada por um professor de história. Ele estava vestido de terno e exibiu um bracelete com a cruz suástica no braço esquerdo durante a aula. O UOL tentou localizar o professor, mas não conseguiu. A escola informou que não estava autorizada a fornecer o contato dele.
O Santa Emília explicou, em nota oficial divulgada na tarde desta terça-feira (11), que a aula ocorreu em um ambiente temático desenvolvido para torná-la mais dinâmica e interativa. O colégio afirmou ainda que o corpo docente e direção "não compactuam com valores que incitam o ódio, a violência e qualquer tipo de desprezo ao ser humano e outra forma de vida". Segundo o colégio, "em momento nenhum cogitou-se a possibilidade de defender, pregar ou incitar a ideologia do regime nazista. Pelo contrário, o professor trouxe à tona o horror dos regimes totalitários e o quanto é importante a democracia".
O colégio justificou ainda que excluiu a publicação sobre a aula no Facebook devido aos comentários "agressivos" que usuários da rede social estavam postando na página.
O professor é conhecido por ministrar aulas temáticas com encenações. Em uma aula de história geral sobre "Cosmologia Medieval e o Humanismo”, realizada em novembro de 2016, para alunos dos primeiros anos do ensino médio, ele se vestiu de padre e acendeu velas dentro da sala. A aula foi divulgada pela escola como uma “verdadeira viagem no tempo”. “Com velas, cantos gregorianos, e um padre, os estudantes puderam sentir um pouco desta fascinante época”, descreveu o colégio em rede social.

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