Desemprego nos EUA cai em julho e fica no menor patamar desde 2001
AP Photo/Evan Vucci
A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu de 4,4% em junho para 4,3% em julho, atingindo o menor nível desde maio de 2001 e igualando o resultado registrado em maio, segundo dados do relatório payroll do Departamento do Trabalho do país. O resultado veio em linha com a expectativa dos analistas do mercado.
Quanto à geração de vagas, a economia americana criou 209 mil postos de trabalho no mês passado, resultado que superou as projeções de economistas, que previam criação de 180 mil empregos. O ritmo de contratação desacelerou em julho ante junho, considerando-se ajustes sazonais, mas mesmo assim foi mais forte do que o esperado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou o Twitter para celebrar o relatório. "Excelentes números de empregos divulgados agora - e eu apenas comecei. Muitas regulações que sufocam o emprego continuam a cair. O movimento está de volta aos EUA!", afirmou Trump.
Juros. Com os dados positivos de emprego, aumentaram as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) voltar a elevar juros na reunião de dezembro, segundo refletem os contratos futuros do CME Group, uma das maiores bolsas de valores do mundo.
Em sua última reunião, no fim de julho, o BC americano decidiu manter a taxa básica de juros da economia do país na faixa entre 1,00% e 1,25% ao ano, por conta das incertezas quanto à recuperação do mercado de trabalho.
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Agora, as apostas do CME de que o Fed aumentará juros em dezembro subiram para 50,4%, de 40,2% antes da divulgação dos dados. Para a reunião do Fed em novembro, as chances de alta de juros avançaram de 6,3% para 7,3%. Já para o encontro do Fed em setembro, as chances ficaram inalteradas, em 1,4%.
Revisões. Os números dos dois meses anteriores sofreram revisões. O de junho foi revisado para cima, a 231 mil, e o de maio para baixo, a 145 mil, gerando um acréscimo líquido de 2 mil empregos.
O salário médio por hora dos trabalhadores do setor privado ficou em US$ 26,36 em julho, alta de US$ 0,09 (ou 0,34%) ante o mês anterior. A projeção do mercado era de ganho ligeiramente menor, de 0,3%. Na comparação anual, os salários cresceram 2,5% em julho.
A taxa de participação na força de trabalho avançou levemente para 62,9% em julho, de 62,8% no mês anterior, mas manteve-se próximo do menor nível desde a década de 1970./COM GABRIEL BUENO DA COSTA E SÉRGIO CALDAS, DO BROADCAST
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