Léo Pinheiro Afirma Que Lula Era O Proprietário Oculto Do Triplex No Guarujá

O depoimento em Curitiba de Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, ainda não tinha terminado quando os portais de notícias começaram a vazar supostos trechos de suas declarações.



“Léo Pinheiro no lugar de se defender em seu interrogatório, hoje, na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, contou uma versão acordada com o MPF como pressuposto para aceitação de uma delação premiada que poderá tirá-lo da prisão. Ele foi claramente incumbido de criar uma narrativa que sustentasse ser Lula o proprietário do chamado triplex do Guarujá. É a palavra dele contra o depoimento de 73 testemunhas, inclusive funcionários da OAS, negando ser Lula o dono do imóvel”.
Há duas acusações principais contra o ex-presidente Lula, segundo o noticiário. O petista seria o proprietário "oculto" do apartamento tríplex na Praia do Guarujá. O acerto da propriedade teria sido feito com João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, e Paulo Okamotto, dirigente do Instituto Lula. A OAS adquiriu o edifício Solari, mas não poderia negociar o imóvel, que seria usado pela família do ex-presidente.
“Eu fiz uma ressalva que a empresa só atuaria em grandes capitais”, teria afirmado o executivo. “Ele (Vaccari) me disse: `Olha, aqui tem algo diferente. Existe um empreendimento que pertence à família do presidente Lula. Diante do seu relacionamento com o presidente, o relacionamento da empresa, nós estamos lhe convidando para participar disso”. O negócio, prosseguiu, teria recebido o aval de Okamotto.

"Empreiteiro da OAS disse que não usou valores provenientes da Petrobrás, mas ‘valores de pagamento de propinas’ para custear as obras no apartamento do Condomínio Solaris, no Guarujá, cuja propriedade a Lava Jato atribui ao ex-presidente Lula"
A investigação sobre a propriedade do tríplex entra agora em uma fase decisiva. No próximo 3 de maio, Lula irá depor pela primeira vez no caso ao juiz Sergio Moro. O petista arrolou 87 testemunhas. Até o momento, todos os depoimentos no âmbito do inquérito tinham derrubado a tese de que o ex-presidente era o dono do apartamento no Guarujá. O depoimento do empreiteiro parece ter se tornado a carta na manga de Moro.
Pinheiro teria afirmado ainda que o ex-presidente o orientou a destruir provas do pagamento de propina ao PT. A sugestão teria ocorrido em uma conversa em 2014, dois meses após o início da Operação Lava Jato. Lula, diz o empreiteiro, quis saber se a OAS pagava propina ao partido no Brasil e no exterior. Ao saber que os pagamentos seriam feitos no País, sugeriu a destruição de provas. Pinheiro, condenado a 26 anos de prisão por Moro, não esclareceu se acatou a sugestão.
O ex-dirigente da OAS, preso há mais de um ano, enfrentou dificuldades para fechar um acordo de delação premiada, justamente por ter se recusado a incriminar Lula. Tudo indica que o tempo no cárcere, as pressões e o exemplo dos concorrentes da Odebrecht o fizeram mudar de ideia.

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